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Seja um doador de órgãos e salve muitas vidas!


Edição 13

Fernanda Bastos Sena

Avise sua Família


Atualmente as relações sociais, a dinâmica do cotidiano e os significativos avanços tecnológicos nos têm dado a oportunidade de interagir com um novo conjunto de questões relacionadas ao direito à saúde e à vida. Nesse âmbito sempre surgem várias dúvidas em relação à doação de órgãos; quem pode autorizar, como é feito e quais órgãos podem ser doados.


De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), de cada oito potenciais doadores apenas um é notificado, sendo que mais de 30 mil Brasileiros aguardam por um transplante.


Muitos fatores contribuem para esse número, mas um dos principais é a negação familiar pela falta de conhecimento sobre a irreversibilidade da morte encefálica e o fato de nunca terem conversado sobre o desejo de doar. Por isso é necessário que o assunto seja discutido em família.


Mas o que poucos sabem é que no Brasil não são válidas as declarações nos documentos oficiais de identificação ou testamento, informando que o indivíduo é doador de órgãos.


A Lei n° 10.211, publicada em 23 de março de 2001, definiu o consentimento informado como forma de manifestação à doação, sendo que a retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outras finalidades terapêuticas dependerá da autorização do cônjuge ou parente com maior idade, obedecendo a linha sucessória. A lei brasileira é bem clara e o desejo da família é o que deve ser respeitado no momento do falecimento.


As doações dos órgãos podem ser feitas após constatação da morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais. A retirada dos órgãos ocorre com uma cirurgia tradicional e ao fim do procedimento o corpo é reconstituído para que seja velado normalmente.


Cabe destacar que um único doador é capaz de salvar muitas vidas, podendo doar córneas, coração, fígado, pulmão, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagens ou até mesmo uma parte completa (mão e face). Não existe limite de idade para ser doador, o que determina o uso das partes do corpo para transplantes é o estado de saúde com base em uma avaliação médica.


Vale também ressaltar que existem alguns órgãos e tecidos que podem ser doados em vida, como rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão; o doador só precisa ter mais de 21 anos e boas condições de saúde.


Diante do contexto apresentado, a atividade educativa se mostra fundamental para permitir o acesso a informações e as trocas de vivências pessoais, esclarecendo e derrubando preconceitos que interferem na escolha de doar ou não os órgãos do ente falecido.


As crenças desfavoráveis ainda são um entrave à doação, e para permitir que as pessoas que estão na fila de espera possam desfrutar de uma vida confortável é necessário inserir a temática da doação de órgãos em nosso cotidiano, fomentando debates com o objetivo de dirimir qualquer dúvida existente entre a população.


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