Reuniões focam a adequação das operações aos limites do RBAC 117.
No último dia 15/05 o Grupo de Ação e Gerenciamento da Fadiga da Gol (GAGEF), do qual a ASAGOL é membro junto com o SNA, realizou sua quarta reunião do ano.
Com foco na adequação das operações aos novos limites trazidos pelo RBAC 117, empresa e entidades representativas têm envidado esforços para a implementação das melhores práticas no gerenciamento dos riscos da fadiga.
Neste âmbito, foi discutida a assinatura, a pedido da ASAGOL, de um protocolo de trabalho, aos moldes do bom exemplo já muito bem consolidado para a tratativa de dados de voo pelo Comitê de Casos Egrégios. Esse protocolo, na interpretação da diretoria da ASAGOL, traria um inegável legado ao grupo de voo, definindo sobretudo uma política baseada nas melhores práticas para o compartilhamento de dados.
Conforme preconizado pela OACI, um sistema de gerenciamento do risco da fadiga deve ser sempre baseado em dados, de maneira a garantir o monitoramento contínuo dos processos e de indicadores chave de performance (KPIs).
O estabelecimento de uma relação de confiança mútua entre empresa e tripulantes por meio de políticas de Safety que incentivem relatos de fadiga também foi abordado, sendo claro para todos a importância de contar com a colaboração dos aeronautas. Os relatos via AQD serão fundamentais, uma vez que o gerenciamento dos riscos da fadiga é uma reponsabilidade compartilhada entre a empresa e o grupo de voo.
Por outro lado, a Associação também pontuou que a tratativa dos relatos deve ser feita com muito cuidado e nunca deve ser baseada apenas em um modelo biomatemático, que serve como uma ferramenta de apoio com grande potencialidades para análises globais, mas nunca individuais.
Outro ponto fundamental que foi levantado nas reuniões do GAGEF é a participação dos aeronautas no curso de fadiga da Gol, fato este reforçado e incentivado pela Associação. Adicionalmente a esse passo, a empresa também nos informou que haverá uma coleta de dados para alguns voos de jornada interrompida, por meio de actígrafo (equipamento semelhante a um relógio de pulso).
A actigrafia é um método não invasivo para monitorar os ciclos de sono/vigília e poderá auxiliar na análise dos voos de jornada interrompida, ainda que se faça necessário definir qual será a metodologia de análise. Com isso, ficou acordado entre os membros do GAGEF que os dados obtidos nessa coleta ficarão disponíveis na sua forma bruta para que todos possam contribuir com as análises e com uma adequada interpretação dos resultados; reforçando a relação de transparência e confiança entre empresa e tripulantes.
Portanto, participe das ações em prol do gerenciamento dos riscos da fadiga na empresa! Faça sempre relatos via AQD para qualquer situação que considere inadequada e que tenha, em sua análise, impactado adversamente na fadiga.
Em caso de dúvidas, críticas ou sugestões envie uma mensagem para safety@asagol.com.br e nos ajude a trabalharmos em conjunto nesse tema de grande relevância da aviação moderna.
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