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Fadiga e radiação foram temas de reunião entre ANAC, aeronautas e pesquisadores



Em reunião que contou com a presença das associações ABRAPAC, ASAGOL e ATL, do SNA e da USP (Instituto de Biociências e Faculdade de Saúde Pública), os aeronautas fizeram na semana passada uma nova exposição à ANAC sobre questões relativas à segurança de voo e à saúde do tripulante.


Em foco estiveram o Projeto Fadigômetro e sua importância para o estudo da fadiga na aviação brasileira, e os impactos da radiação ionizante em altitude sobre a saúde dos aeronautas.

Na primeira pauta do dia o Cmte. Tulio Rodrigues, porta-voz científico do Fadigômetro, trouxe um histórico da pesquisa desde a sua concepção até os resultados mais recentes que, em breve, serão publicados em uma revista científica de grande circulação. O potencial do estudo para o desenvolvimento de ações voltadas à mitigação de riscos embasou a formalização de um pedido para que a ANAC apoie o projeto, feito ao final da apresentação.


A solicitação dos aeronautas foi bem recebida pelo órgão regulador, representado por seu diretor Rogério Benevides, que parabenizou os esforços empenhados no estudo. Ele também ressaltou a importância dos regulamentos sobre fadiga estarem em constante evolução, e informou que irá levar o pedido de apoio aos seus pares na ANAC.

Na sequência, o Cmte. Amílton Camillo Ruas, Diretor Técnico da ASAGOL, explanou sobre a radiação ionizante em altitude e os riscos para a saúde dos tripulantes, que anualmente são expostos a índices elevados de radiação.


Como referência, segundo estimativas feitas utilizando o aplicativo CARI-6 da FAA, o tripulante brasileiro de aeronaves a reação, voando 800 horas em um ano, poderia ser exposto a índices de radiação entre 1,46 e 3,37 mSv nesse período. Esses valores equivaleriam a receber doses de 15 a 34 raios-X de tórax por ano.


O Cmte. Ruas apresentou um histórico dos trabalhos realizados pelo grupo GTAero, ponderando junto à ANAC a importância de ser desenvolvida uma regulamentação adequada, que se atente à saúde dos tripulantes e evite a judicialização do tema.

As entidades representativas também ficaram incumbidas de enviar ao órgão regulador, a pedido do Sr. Rogério Benevides, o relatório final elaborado pelo GTAero e encaminhado em 2018 à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), cujos pontos levantados ainda não foram endereçados.


Presentes à toda a reunião, debatendo as duas pautas do dia, estiveram os Cmtes. Alexandre Simões (ATL), Amílton Camillo Ruas (ASAGOL), Arnaldo Frank (ABRAPAC) e Tulio Rodrigues (Fadigômetro), junto com o Sr. Eduardo Furlan (ASAGOL). Pelo SNA, o Cop. Eduardo Antunes e o Sr. João Lisbôa participaram do debate sobre o Fadigômetro.


Também estiveram presentes o Prof. Dr. André Helene, do Instituto de Biociências da USP, e a Prof. Dra. Frida Fischer, da Faculdade de Saúde Pública da USP. A universidade é uma das entidades participantes do Projeto Fadigômetro.


Pela ANAC participaram o diretor Rogério Benevides e sua assessora, Sra. Cristina Vilasboas.

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